As mudanças e avanços tecnológicos nos últimos anos e décadas pedem, de uma forma própria, a transformação do profissional em comunicação, mídia e jornalismo. Transformação que invade os conteúdos acadêmicos e institucionais, cobram por uma realidade acelerada, diversificada e exige um dinamismo e versatilidade por parte do ''formando''.
Essa nova realidade institucional e profissional contribui, nem sempre, para uma formação íntegra, completa e necessária do comunicador. Entre as propostas e sujestões apontadas pelas novas necessidades jornalísticas, encontra-se inúmeras opções de especialização, de procura e escolha, as quais, geralmente, confundem e pouco contribuem para que o futuro jornalista compreenda sua verdadeira vocação.
A constante preocupação em estar diante dos avanços e mudanças da tecnologia faz com que estudantes, principalmente, procurem o conhecimento técnico e se esqueçam de aprender e fazer bem o que um jornalista realmente deve fazer em sua profissão.
Em um texto oferecido pela professora na sala de aula, fica claro o quanto o jornalista deve, antes de adquirir prática em tecnologia, saber escrever corretamente, com ''precisão, objetividade e coesão''. Estas características ou qualidades servem como prova de um bom profissional, como meio para um bom trabalho (trabalho enquanto conteúdo), como produção de um belo texto desejado em ser lido por seus futuros leitores.
Entender de brinquedos e meios tecnológicos não garante a posição do profissional, principalmente quando se trata de jornalismo. A tecnologia venho apenas como forma de expor o trabalho, divulgar conteúdo e opinião, mas ela não produz, não escreve, não opina, não critica, não questiona e não conscientiza.
Em todo momento ela é somente ''forma'' de produção''. O trabalho em produzir e repassar informações e idéias é somente de quem escreve textos, artigos e reportagens. A técnica em si não faz.
Talvez, se essas novas formas de produção conseguissem transformar radicalmente as atividades jornalísticas, já não haveria as mesmices de sites e blogs espalhadas por aí. As diferenças e variedades de conteúdos que surgem são, simplesmente, autoria de bons profissionais.
Dessa forma, a tecnologia pode e continuará exigindo mudanças e novas condições de trabalho, mas em hipótese alguma conseguirá extrair a verdadeira essência do profissional de comunicação. Essência esta, que mantém atividades comuns como, leitura, escrita, conhecimento e crítica necessária, na base para o profissionalismo e realidade do jornalista.
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