- De volta à prancheta. Tenho uma idéia para um trabalho sobre a atual onda de jornalismo satírico e seu papel como formador de opiniões. Você sabe, sobre a dissolução da esquerda e da direita em puro antagonismo. Pessoas que não são a favor de nada, só contra tudo.
- Isso é mesmo uma onda?
O trecho acima é parte do capítulo seis de ''Os Filhos do Imperador'', quarto livro de Claire Messud publicado pela editora Nova Fronteira. Mas afinal, que onda é essa? Que seja a mais recente ''modinha midiática'' da última década.
Não tem como negar... Parecem produtos made in alguma coisa, mas - agradando ou não - são programas, revistas eletrônicas e jornais que utilizam sem medo e pena critérios humorísticos para informar, questionar e explorar sem limites a notícia (informação).
Tudo vira piada, bordão e graça. Principalmente quando se pode contar com a ajuda indispensável de ferramentas e técnicas como, por exemplo, a internet que está sempre em primeiro plano.
Impressionante mesmo, é o modo como o público se comporta nessa relação de sarcasmo com informação. O senso comum - ou talvez a desorientação dessa mesma parcela - contribui para que a crença nesse meio de ousadia seja justamente aquela em que ali existe o verdadeiro jornalismo. Quem sabe, não são eles que estão certos...
Percebo, de forma direta e real que as pessoas aplaudem em pé o nariz de palhaço nos políticos e nas celebridades e as alfinetadas cara a cara contra a reportagem tradicional, construída por formalidades. Será o humor o futuro da audiência no jornalismo? É rir para crer.
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