Quero, antes de mais nada, desejar um feliz ano novo para algumas pessoas especiais do Brasil. Há algumas pessoas, as quais, nem feliz natal eu desejei e me sinto culpado por isso. São aquelas que não possuem uma casa, uma cama, um prato de comida, muito menos um tostão no bolso para passar a virada de ano um pouco feliz.
São pessoas que de alguma forma estão excluídas da nossa sociedade, uma sociedade que se diz tão democrática e acolhedora. Nesse caso, a ausência de afeto é geral num dia como hoje. O afeto, sempre tem suas segundas intenções.
Primeiramente, porque muitos querem apenas festar, comemorar e passar a virada, talvez, na balada. E eu aposto minha última nota de dez reais com aquele que hoje pensou em quem apenas passa vontade de comer um panettone, mas, não têm dinheiro nem para comprar o próprio feijão.
Não sei se a culpa de uma realidade como esta deve ser colocada como resultado de uma sociedade capitalista, da falta de conscientização e concretização das pessoas, da rebeldia do próprio Jesus Cristo ou da ausência marxista e dos bons corações.
Mas sei que hoje as pessoas - do dinheiro, do carrão e da mansão - não estarão dentro de casa porque sairão para os lugares mais badalados da cidade para assistir ao espetáculo dos fogos de artifícios. Ou a queima de fogos.
Já os demais, exatamente aqueles que eu faço questão de desejar um feliz 2009, não sairão de casa para igualmente assistirem à queima de fogos. Estes, não precisam deixar suas casas para ir até as ruas movimentadas e participarem de uma virada festiva. Eles já moram na rua ...
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