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- Particularmente, fazer postagem em blog é algo sério e interessante para o meu aprendizado. Por mais que o texto seja meramente um ''bom dia'' ou ''faz calor lá fora'', quero dizer que tudo têm um valor. É aqui que aprendo, erro e acerto. Gosto muito do meu blog, das postagens feitas desde o início e espero que você, leitor, encontre alguma coisa útil que lhe faça comentar ou criticar. Críticas (positivas ou negativas) são sempre aceitas e compreendidas. Pois, diga-se de passagem, é sempre bom ter um espaço pessoal e, supostamente, democrático.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Histórias Cruzadas: The Help

   
''Você é inteligente''. Isso é tudo que uma criança branca dos anos 60 nos EUA, comunidade do Jackson – Mississipi, precisava ouvir com frequência de uma empregada doméstica e negra. Pena que o contexto histórico – em seu momento de segregação – não poderia ser qualificado da mesma forma, nem mesmo apropriado para discutir questões importantes como feminismo, direitos civis, democracia e igualdade racial. 
  Aliás, essa discussão só é possível, na maioria das vezes, quando um filme competente como Histórias Cruzadas chega aos cinemas. Premiado pelo Sindicato dos atores de Hollywood e em busca do Oscar, (The Help – título original) aborda assuntos de primeira necessidade, principalmente aqueles que persistem em atrapalhar o desenvolvimento cultural e racional de qualquer sociedade.
  A história do filme é consequência da vida e trabalho de uma personagem central (Skeeter – Emma Stone), encorajada a dar voz aos menos favorecidos. Através do livro que escreve, a jovem escritora e aspirante à jornalista, se interessa pela realidade ''dessa gente''. Pelo menos é assim que são tratadas o tempo todo.
  O filme têm momentos incríveis, hilários e emocionantes. É impossível não sofrer com a dor de cada personagem e não tremer quando a garota, ao ver Aibileen (Viola Davis) ir embora, se desespera, chora e permanece atrás do vidro com a mesma expressão. Nesse momento, é possível identificar aquele velho ditado de que ''mãe é quem cuida e da amor''. Outra marca do filme, possivelmente pelo humor que a cena transparece, é a revelação feita por Minny (Octavia Spencer) sobre a torta de merda oferecida à megera da patroa.
  Com uma excelente atuação, Viola Davis não precisa mais de estereótipos para se consagrar como atriz. Até então, Davis era sempre a mesma coisa, uma policial, uma juíza, assistente social, psicóloga e nada além disso. Dessa vez, acertou em cheio e ainda pode levar o Oscar. 
  Histórias Cruzadas também é um filme excelente porque reúne, além de Davis e Emma Stone, atrizes como Bryce Dallas Howard (A Vila – The Village), Octavia Spencer (Pulse) que está pela primeira vez em um filme de conteúdo, Jessica Chastain (A Árvore da Vida), Ahna O\'Reilly (Virando a Mesa) e Sissy Spacek (Terra Fria).
  Os homens, Mike Vogel (Namorados para Sempre) e Chris Lowell (Amor sem Escalas), são apenas os bonitões, talvez porque o filme é abertamente feminista ou pelo fato de que quase todo longa precisa de um galã para conseguir bilheteria. Como se em Histórias Cruzadas isso fosse preciso! Sem essas atrizes de ponta, o filme poderia estar salvo pela fotografia e trilha sonora que não deixam a desejar.