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Informação, opinião, filmes e fotografias:

- Particularmente, fazer postagem em blog é algo sério e interessante para o meu aprendizado. Por mais que o texto seja meramente um ''bom dia'' ou ''faz calor lá fora'', quero dizer que tudo têm um valor. É aqui que aprendo, erro e acerto. Gosto muito do meu blog, das postagens feitas desde o início e espero que você, leitor, encontre alguma coisa útil que lhe faça comentar ou criticar. Críticas (positivas ou negativas) são sempre aceitas e compreendidas. Pois, diga-se de passagem, é sempre bom ter um espaço pessoal e, supostamente, democrático.

domingo, 30 de novembro de 2008

Beautiful

O que realmente é belo? Em relação as condições estéticas dos mais diversos povos, quem predomina a beleza sobre os demais? O negro é belo? A pessoa magra é bela? o transformista é belo?
Superficialmente, uma música com o nome de Beautiful de uma cantora americana reflete uma questão bem tolerante. Ou seja, não importa como avaliam e o que dizem sobre cada um de nós, mas cada um é belo dentro de sua condição.
A própria garota ´´anorexa`` - criticada por todos e especialmente pelos críticos do mundo da moda - também é bela. Segundo C.s, eu sou belo em vários sentidos.O tema beleza, ser belo, o que é belo, aborda muitas questões consideravelmente sociais.
Neste ano, nas aulas de estética da comunicação com o professor Ronaldo Nezo, várias discussões foram tomadas, diversas análises contempladas e uma imensidão de aspectos essencialmente culturais foram abordados.
Mas, afinal, o que é belo pra você? como ser belo?

sábado, 29 de novembro de 2008

Dia de trabalho

Hoje foi meu primeiro dia no Dom Visconde. Comi muito. Lasanha, feijoada .... bom demais. Aos interessados - Avenida Cerro Azul. 1398. Trabalho apenas aos sábados e domingos. Obrigado!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Isto e (ou) aquilo.

E o mundo todo segue preocupado com a bolsa ... !? Melhor dizendo, com o final do ano. Há quem esteja sofrendo as consequências da tragédia natural em Santa Catarina. Há também aqueles preocupados com o show da Madonna no próximo mês.
Enquanto escrevo esse texto, o analfabeto se sente perdido e confuso ao deparar-se com a avenida mais movimentada de São paulo. Britney Spears consegue mais um prêmio.
E eu? Eu não ganho concurso de fotografia e nem o prêmio O Diário. Atores globais gravam a nova novela das oito, que - por sinal - passa às 9. Lula visita ´´do céu`` o sul do país e Barack Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos (sempre é válido relembrar).
15 mulheres morrem de câncer de mama em Maringá. Isso, somente neste ano. Desconhecidos gravam a vinheta da globo, afinal, hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou.
Pessoas morrem, crianças nascem. Muitos rejeitam drogas porque, além dos usuários, caretas existem. Para alguns a fotografia é complexa ... para outros, qualquer um sabe e pode fazer. A Síndrome de Down, o negro, o homossexual e o político.
Tudo vira bosta? Melhor deixar isso para a Rita lee. China, Cuba, Egito, Brasil, Inglaterra. Qual o melhor lugar para morar?
Enquanto contínuo postando o texto, o Sebastião perde as mãos no trabalho. Há quem aproveita o calor para vender sorvetes. Há quem aproveita o calor para passar o dia todo na piscina.
Carros importados e transporte coletivo. Aeroporto e terminal. Público para o Jô e para mulheres apaixonadas.
Pessoas contra e a favor do bush. Socialistas e capitalistas. Paradoxos? A Madonna gosta de paradoxos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ausência

Me desculpem pela ausência. Semada de provas e a procura de um novo emprego. Obrigado!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Liberdade existe?

Quanto à aula de sociologia com o professor Raul Zermiani, é difícil acreditar que hoje realmente há liberdade ... Acreditamos numa liberdade supostamente ´´criada`` mas que de alguma forma nos prende sem percebemos ao cotidiano da vida. Se pensarmos de forma consciente e analisarmos o que a sociedade moderna nos oferece hoje, perceberemos que nossa ´´suposta`` liberdade é um ciclo. Um ciclo que, enquanto nos dá o direito de comprarmos nossa própria casa e nosso carro, nos prende a esses bens.
Entretanto, pensar na liberdade como ato de ir e vir não é um processo simples de se entender. É necessário perceber o contexto, as necessidades, as exigências e as oportunidades que podem ou não interferirem nossas preferências. Não basta querer ir, é preciso meios e, estes, nem sempre estão disponíveis a todo e qualquer cidadão.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Um dia (nada) frio ...

Um dia nada frio ... um bom lugar pra ler um livro. Um livro que fale de tudo e de todos. Que fale de amor, política, tesão, doçura ... (?). Um livro que fale sobre o meu passado e o seu futuro. Livro que me conte sobre o Obama e a Elke Maravilha. Um livro que o juíz e o analfabeto possam ler. Um livro sobre fotografia e morte.
Que me conte sobre a minha origem, pois, mesmo com toda a riqueza dos sheiks árabes ... não esquecerei do primórdio Saulo Favoretto. É uma pena ir dormir sem saber a história do livro do mundo. É uma pensa ir dormir sem entender a vida, a política, a televisão, a beleza, o sofrimento, o amor, sem entender Marx.
Talvez o livro permanece guardado porque hoje - ainda - não se faz frio ... Um dia (nada) frio.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Consumidor consciente?

O que é afinal ser um consumidor consciente?
É trocar as sacolas de plásticos pela velha sacola de (pano)? Deixar de utilizar copos descartáveis? Jogar lixo no lixo? Escovar os dentes com a torneira fechada? Consumir tendo - ao mesmo tempo - conhecimento sobre a realidade de quem não tem o que comer? Só almoçar e não jantar?
Afinal, o que você entende por consumidor consciente?
Se ousasse perguntar para minha querida professora de Comunicação Comunitária, Luzia Deliberador, a resposta seria a seguinte:
- Esse tema lhe rende uma boa pesquisa!

Destaque

Gostaria nesse intervalo de tempo, agradecer uma pessoa que independente de assunto, de conteúdo e avaliação, está - todos os dias - deixando seus comentários. Agradecer pelo interesse e pela curiosidade. Pela nossa amizade íntima, posso dizer com toda certeza que ela é uma Maria Blogueira. Ela é Larissa Deliberador, ou melhor, Larissa Fernanda Bresson. Amiga, companheira de faculdade e do jornalismo. Amante da fotografia.
Quero agradecer também José Douglas, o nosso querido e admirado Zé Dougra. Estes, fazem parte dia a dia dos meus textos e inspirações. Obrigado meus queridos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viva la Vida

Ter nascido japônes é o que ele queria. Ser do Japão era, para ele, ser inteligente. Se fosse pra dominar o mundo ... deveria ter nascido americano, pelo menos era o que pensava. Nenhum, nem outro. Nasceu brasileiro. Já que nasceu no país do carnaval e das bundas de fora, o único jeito era ralar pra crescer ... ou se enfiar no sistema.
Queria dinheiro. Muito dinheiro. A idéia, segundo ele, era se meter na política, porque nela poderia roubar em grande quantidade sem ninguém sentir falta, sem ouvir questionamento. Mas se entrar pra roubar teria que comprovar algumas exigências... que então tomasse outro rumo. Melhor seria estudar francês, alemão, inglês ... e sair do país, aqui já estava perdido. Nem o pai, nem a mãe bancou o curso de idiomas.
Achava o colégio o pior dos piores. A faculdade particular não prestava e a estadual ou federal era muito difícil para entrar, tinha que estudar muito.
Quem sabe fazer teatro, ser ator, fazer cinema e se tornar o novo galã da globo. Só estudaria tetaro se fosse no Rio de Janeiro ... e o Rio era longe demais. Longe da família, dos amigos, das paqueras.
Os 20 anos chegaram, o tempo havia passado e ... viva la vida. Não tinha conhecimento dos melhores, não cursava nada e não se imaginava numa faculdade próxima dele. Queria mesmo o exterior.
A mente era vazia, mas a vida era cheia. Cheia de dinheiro, dos melhores tênis, das melhores roupas e todo final de semana a balada e o carro do paizão era garantido. Garantia para ele só faltava a do futuro, afinal, o que interessava era o agora, o presente e nada mais.
O tempo mais uma vez passou. Depois de tanta insistência dos pais foi pra faculdade. Forçado, impulsionado(?) ... mas foi. Poderia ser uma imensa oportunidade, grande oportunidade de vida e crescimento. A questão é que tudo deu errado.
Os bares no caminho da faculdade eram mais interessantes, os shoppings ainda eram mais legais e divertidos. Abrir mão do final de semana e da balada para estudar? Ninguém estava ficando louco, muito menos ele. Saiu do curso porque a falta de nota e de presença complicava sua situação enquanto aluno e com os próprio professores.
Tempo depois - pouco mais tarde - perde os pais em acidente de carro. 26 anos já havia completado. Sem formação, sem faculdade, sem os pais e sem o carro que no acidente transformou-se em pó. Estava sozinho. Quem poderia ajudá-lo já havia partido.
A consciência pesou. A briga com o tempo lhe rendia guerras e intensos conflitos. Qual seria, naquele momento, a melhor solução para o rapaz?
A melhor solução - segundo ele - seria ...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Negócio da China

E Fábio Assunção se meteu, literalmente, em Negócio da China. O ator global de 37 anos que já atuou em várias novelas como Celebridade, Paraíso Tropical, Por Amor e a atual Negócio da China, teve que se afastar das gravações, do personagem e dos colegas de trabalho. O motivo?
Alguns dizem que é por problemas de saúde, mas não dizem que tipo de problemas. Segundo a última edição de Veja, o ator se afastou para tentar se livrar do vício em cocaína. Se realmente isso é a causa, fica explícito o quanto uma pessoa - além de seu dinheiro, de seu profissionalismo e reconhecimento - deve, primeiramente, ter consciência de seus atos e escolhas.
Não pelo fato de ser Fábio Assunção, até porque considero um ator admirável. A questão é que beleza e o melhor estilo de vida não é suficiente para quem não seleciona as oportunidades. É uma pena saber que um ator tão admirado pelo público brasileiro e com tanto talento esteja envolvido com o consumo de drogas.
A curiosidade da maioria é saber como e porque Assunção ´´caiu numa dessa.`` Não soube lidar com a fama? Dinheiro demais e não ter com o que gastar? Cansado com a vida de celebridade? ... eis a questão.

domingo, 16 de novembro de 2008

Concurso Beleza Negra

16/11 - Teatro Municipal Plaza . Maringá/Pr.
Início: 20:00 hs. Espero trazer bons resultados, que seja um desfile bacana e voltar com boas fotografias para o querido professor Bulla Júnior.

Jorge em: O orgulho de vestir a camiseta!

Parece bobagem e simples demais, mas para Jorge não. Vestir a camiseta do curso dava orgulho. Estava no peito. Mostrava para todos o que fazia e o que seria no futuro. Pouco importava se não tinha namorada, se não tinha amigos, dinheiro ... o melhor pra ele era a futura profissão e isso ele estampava no coração. Jorge cursava jornalismo.
Um sonho, uma prefêrencia, uma escolha. O jornalismo era tudo em sua vida, mesmo com as críticas e com as responsabilidades. Mesmo quando tinha que se dedicar muito à profissão e esquecer das outras coisas da vida.
Vestir a camiseta e desfilar com ela pela rua, no shopping, no terminal, no bairro onde morava, na faculdade, no bar ... era orgulho demais. Era excitante e chamativo. Parecia infantilidade, mas não. Era lealdade com o curso, respeito e consideração com aquilo que fazia.
Acreditava que seria difícil encontrar outro alguém que amasse tanto o jornalismo. E que para ser jornalista tinha que gostar muito, tinha que estar no sangue, pois, para ele ... realmente, jornalismo é coisa de jornalista!

sábado, 15 de novembro de 2008

Children of Men: Filhos da Esperança

Os últimos dias da Raça Humana. Nenhuma criança nasceu em 18 anos. A população é velha. O ano é 2027. Em cem anos não sobrará ninguém para ver o que restou do mundo.
Esse (isso) é Filhos da Esperança, filme que ainda me recuso a comentar de forma tranquila. É necessário assistir novamente para que se tenha certeza do futuro. Enquanto isso ...

Onde está nossa identidade nacional?

Discutir cultura e identidade nacional aborda diversos aspectos relevantes e específicos de uma nação. Nesse meio, surgem elementos muito mais complexos e duvidosos que não envolvem somente cultura, mas, o conjunto cultural ligado ao conhecimento, a valorização e aos costumes locais ou nacionais. Surge também o próprio desenvolvimento da globalização.
Esta, dificulta o entendimento e a compreensão sobre culturas específicas, mostrando as consequências que globalização e mundialização trouxeram para as diversas sociedades.
Contribuindo com a intensa mistura cultural, já não se sabe o que é peculiar de cada país.
Palavras estrangeiras são adotadas, assim como o aumento de produtos e dos próprios alimentos importados. No caso específico do Brasil, chega a ser vergonhoso a desvalorização que os brasileiros(ou boa parte deles) atribuem a cultura brasileira. Pouco sabem sobre a própria nação e sentem orgulho por aprenderem outros idiomas.
A partir das conseqüências que a globalização causou no mundo, fica evidente a transformação do todo em um único sistema. Em meio a tanta semelhança ao modelo de vida e de consumo das sociedades contemporâneas, o grande problema é encontrar nossa própria identidade nacional, pois, sabemos que mesmo com o aparecimento de determinada aldeia global, ainda temos elementos específicos, somente do Brasil e que ainda não foram disseminadas.
Entendo locais que mantêm seus costumes e valores, como uma nação (ou parte dela) resistente aos avanços proporcionados pela modernização. Então pergunto, que tipo de nação ainda mantém sua originalidade cultural? o que dizer do modelo cultural brasileiro enquanto consumidor de coca-cola e vários outros produtos importados?
É claro que se aprofundarmos nesse debate estaremos obrigados a discutir assuntos mais complexos e culposos no processo de perca da cultura própria. Assuntos como as influências dos países de primeiro mundo e do poder avançado da mídia enquanto transformadora do modelo de vida de cada um de nós.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Filho de Deus

Após postar Cegueira, recebo minha família em casa. Pais e irmãos. No entanto, o final de semana está programado. Caso não haja postagens novas durante o sábado e domingo, que entendam a causa como falta de tempo e dedicação à família. Também sou filho de Deus e mereço descansar, assim como todo e qualquer assalariado.
Aos meus leitores, obrigado!

Cegueira

Ao assistir Ensaio sobre a cegueira, confesso, ter me surpreendido com a capacidade que o filme estímula nosso modo de ver a realidade. Uma nova capacidade, onde o mundo nunca mais será o mesmo.
Olhar para nossa realidade de forma diferente. Não só por ser diferente. Mas, como disse meu colega Wilame Prado em uma das suas crônicas ... olhar conscientemente para o todo. Pelo menos foi o que entendi ao ler Cegueira da Consciência.
Ensaio sobre a Cegueira é impressionante porque saber tocar exatamente no ponto fraco do ser humano. Na desvalorização que atribui as diversas ´´coisas`` ao seu redor. As coisas, por mais simples ou complexas que sejam, deixam de apresentar importância fundamental no crescimento do homem. Passam apenas a uma condição de complemento no cotidiano da vida de cada um.
O pensamento, o comportamento e a escolha voltam-se para uma questão predominantemente individual. Ou seja, os olhos permanecem abertos enquanto o que está na frente do homem beneficia apenas ele. Dessa forma, o mal da cegueira acontece quando é preciso olhar as necessidades, as dificuldades ou problemas do próximo.
É claro que não se deve falar em cegueira de uma forma especialmente ampla. Sejamos um pouco otimistas. Cegos estão para o bem, para a confiança, para a vida, para a polítca, para o conhecimento, para a cultura, para a mídia, para a fome.
Ser cego na ocasião é não enxergar, não pensar, não refletir. É apenas seguir, copiar, assemelhar, aprovar a histórinha da maquiagem. E você pergunta, como mudar ?
Como disse Wilame Prado:

... ´´ às vezes uma grande tragédia pode servir como alerta, como a única maneira de se conseguir abrir os olhos.``
Talvez quando essa tragédia acontecer, seja tarde o suficiente para que cada um de nós se arrependa. Se arrependa da cegueira.
Ainda estamos em tempo, estamos apenas ensaiando. Que a cegueira não seja comprovada, legitimada.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Quem é mais sentimental que Jorge?

Falar de incertezas é muito difícil, pesado para quem sempre sonha e deseja algo na vida. Os obstáculos do cotidiano complica muito a vontade de cada sonhador.
Não basta falar de profissionalismo, de capital, de democracia. É preciso falar também de sentimentos, porque, antes de tudo somos humanos e estes necessitam, gostam e procuram relações agrádaveis enquanto membros do sistema social.
A maior dificuldade sentimental do homem é, portanto, ter pasciência para esperar que aquilo desejado aconteça somente no momento certo. E como fazer pra que esse momento chegue o mais rápido possível?
Talvez nem mesmo Deus possa responder ... aí depende das suas crenças.
Nossos sentimentos são válidos, surpreendentes, traídores e estão presente em tudo que pensamos, fazemos e participamos.
Como diria meu melhor amigo Jorge: quem é mais sentimental que eu?

O Terminal

... um lugar impressionante, onde você encontra (ou encontrará) qualquer coisa que imaginar. É ali que você conhece os diversos tipos de vida, onde você aprende o que é ser único, ter características próprias, marcantes e inesquecíveis. Um lugar que é de todo mundo.
Do professor, do aluno, do viciado, do diferente, do ônibus, da gostosa, do idoso, do rico, do negro, da prostituta, do pobre, da criança, dos homossexuais, do religioso, do prefeito, do faminto, do travesti, do jornalista ... esse é o verdadeiro terminal de toda e qualquer cidade. Um lugar de encontros, desencontros e despedidas.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Dia nacional do troca - troca

O que adianta falar, estudar, discutir sobre preconceito, pobreza, desigualdade e dizer-se entendido de uma realidade bem diferente da que você vive na sala de aula?
É muito fácil comprar uma apostila e ler textos prontos sobre a fome no Brasil e no mundo. Mais fácil ainda é ouvir o professor comentar sobre as dificuldades que o jovem da periferia encontra para conseguir o primeiro emprego.
Mas e daí? o que um aluno do melhor colégio particular da cidade, que compra as melhores apostilas entende de fome e desemprego?
Dificilmente ele viveu essa realidade e o máximo que sabe são afirmações concluídas, verdades entregues. Esse mesmo aluno sabe apenas que ao encontrar um jovem com características semelhantes às apresentadas na aula, este, será inferior a ele. Inferior porque é pobre, porque não tem emprego e nem à escola vai. É difícil imaginar um aluno cheio de oportunidades, com consciência e crítica relevante sobre a condição de vida de um adolescente sem alternativas.
Entretanto, por mais que o assunto seja sério e possa render boa discussão ... que tal brincarmos, por um dia, de troca - troca?
Todos trocariam de vida, de meios, de ocupações e sentiriam no sangue a situação ( boa ou não ) do próximo. Quem teria mais força e resistência caso o filho do médico fosse filho do pedreiro? e se o filho do lixeiro fosse adotado por um dia pelo advogado? quem ganharia mais caso o dono do maior mercado da cidade fosse frentista de posto nesse dia?
Tudo por um dia. Um dia só de troca - troca, pois, conhecer ´´visualmente`` a realidade do outro não justifica lealdade e compreensão. Viver o outro, significa sentir e ter o bom e o ruím do outro.
Tocando no assunto ... o filme Escritores da Liberdade dá nos um pouco de clareza e sensibilidade do que realmente é saber sobre a vida dos excluídos, daqueles sem oportunidades. A questão é que o autor não proporciona tal reflexão através de suas próprias conclusões, mas, excita nos personagens ´´reais`` determinada exigência de conhecimento da realidade de cada um.
Num sentido mais brasileiro, criaremos o dia nacional do troca - troca. Que não seja no carnaval, pois, não queremos apenas fantasiar ricos de pobres e pobres de ricos. Temos que compreende-los.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Jogos da vida 5

Após uma sequência considerável (1,2,3 e 4) chega aos cinemas Jogos Mortais 5. Há quem considere que o filme manteu a originalidade e (mais) uma vez agradou o público. Outros defendem que perdeu-se a linha e já não é mais tão agradável e prazeroso.
Jogar, jogar e jogar. Esse é o dilema. Não importa os meios e as formas, apenas jogue e seja o vencedor. O seu vencedor!
Claro, não será tão fácil como pensa. Você terá que ser forte, ter sangue de barata e em vez de abrir bem os olhos terá de fechá-los. Você não pode ver tudo o que está à sua frente. Se não conseguir, faça um ensaio. Um ensaio sobre a cegueira. Se morrer antes que o jogo acabe é porque não teve força e o coração frio suficientemente para suportar tanto sofrimento, angústia e dor.
Ficção? quem sabe. Mas a vida também é um eterno jogo mortal. Suzane von Richthofen jogou com os pais a pouco tempo e venceu. Venceu?
Recentemente, Eloá jogou com o namorado e perdeu a batalha. Perdeu?
E ainda mais recente, Raquel ... a menina da mala. Também jogou e perdeu. Realmente perdeu?
Quem perde e quem ganha com esses jogos mortais da vida?
Sejam bem-vindos aos jogos mortais, aos jogos da vida.

domingo, 9 de novembro de 2008

O velho e o novo Jorge!

Jovem, bonito, inteligente, duvidoso, diferente(?), medroso. Esse era Jorge, um garoto simpático e ao mesmo tempo recheado de grosserias. Típico do interior e esperto quanto aos demais meninos da capital. Não que os do interior não fossem espertos. O fato é que os da capital aproveitavam mais oportunidades e consequentemente conheciam mais sobre a vida.
Jorge, portanto, não saía da rotina. Estudava e trabalhava. Os finais de semana sempre lembravam os finais anteriores. Horário contado, dia programado e dinheiro recontado. Energia sempre limitada, mas ele ainda encontrava força para um novo dia. A rotina sempre a mesma e ele nem percebia que a vida sempre continuava.
O tempo passava e ele - já com 20 anos e moço - nada havia conquistado. O máximo que possuía era o amor da família e dos amigos. Eu disse amigos, não colegas!
Não tinha carro, casa, moto, nem as melhores roupas. Mas tinha personalidade, consciência, vontade e um coração imenso que cabia muito mais coisas além da família. Então ... chegou o omomento em que a ficha foi caindo. Tudo ao seu redor foi sendo desvendado e o mundo passou a ser visto de um novo jeito, de uma nova forma.
Crítico, Jorge era suficientemente para defender suas próprias opiniões e crenças. As noites badaladas, os encontros das paqueras e a diversão alheia não interessava, pois, nada acrescentava em sua vida. Há daqueles que ousassem dizer que tudo da vida era experiência. As experiências até o momento, basicamente, não contribuíam em nada.
Quando acordou de seu sono alienado já era final de ano. O ano era 2008. As preparações para o natal já haviam começado. Naquele ano quase todos os domingos posteriores ao mês de maio eram nada mais que dias marcados para refletir sobre a vida.
Já no encerramento de 2008, houve um domingo - um dos últimos - que foi diferente. Bem diferente. O dia era 07 ... 08 ... 09 de novembro. Dia chuvoso, frio, triste para Jorge. Algo lhe incomodava, mas não saberia dizer o que era. O amor? a amizade? a cegueira? a tolerância? a ausência? a solidão? a falta de dinheiro? de bens? a mesmice?
A revolta mais uma vez bateu. Despencou, chorou ... chorou e gritou. O que adiantava? ninguém estava vendo, ninguém ouvia. Nem mesmo a família e os melhores amigos. Pensava, sentava, levantava, rodeava, olhava e analisava. A ficha realmente havia caído.
Resolveu esquecer os problemas na bebida e na maconha. Mas como? não tinha dinheiro.
O que mais queria era não dormir, porque se dormisse os problemas estariam acordados e nada poderia começar a se resolver. Quando acordasse seria segunda-feira e tudo iria se repetir. O negócio era pegar o ônibus.
No terminal da cidade observava, por trás do óculos, atentamente as pessoas que ali estavam ou passavam. Quem ali teria mais problema que ele? de quem seria os problemas mais graves?
Aquele final de ano já não oferecia expectativas e tudo poderia acontecer simultanêamente.
A única certeza era a de que o ano seguinte não daria novas ´´experiências`` e novas lições de vida, mas que todos os dias iriam ser curtos demais para um ser tão grande como ele. Não mais suportável era concordar com o famoso e velho ditado ... ´´dê tempo ao tempo.``

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Se tô pagando ... então Pódi!

Os bordões de determinados personagens do Zorra Total - programa da rede globo - vai muito além das gargalhadas que os telespectadores soltam ao assistir o programa. A questão é lógica, a interpretação é óbvia.
Sem querer criticar os personagens, os atores, direção, produção e todos que fazem parte do programa... é interessante ressaltar o efeito que essas frases ou curtos discursos tomam quando ligados a nossa realidade.
Vivemos em um meio, onde o status é fundamental na condição de oportunidade e preferência. Ser possuidor de grana, ajuda. E muito. Se tenho grana, eu pago ( ou não). Se eu pago, é meu. É meu? então eu posso.
Sabe porque eu compro a calça mais cara da loja ? sabe porque gasto toda a grana na balada enquanto outro passa fome? porque desigualdade Pódi. A culpa não é minha ... que culpa tenho se o outro não têm ou não Pódi?
Não posso fazer nada se nossas realidades são bem diferentes. Ele é ele, eu sou eu. Cada um é cada. E cada um com seus problemas. Compro mesmo, tô pagando.
Ou você ainda não entendeu que quem paga ... Pódi!?
Pódi enganar, manipular, dominar, alienar ... afinal, não basta ter boca para ir até Roma, é preciso grana. Grana Pódi!
Sendo assim, as consequências de uma sociedade do consumo e desigual é perceptível quando se observa o que um e outro Pódi. O conhecimento, a verdade, a sinceridade, a lealdade, o amor já não é essêncial entre as pessoas.
O essêncial é ter ... e muito.
Que foi? acha que estou sendo rígido demais?
O blog é meu, tudo meu ... o blog, o computador, o texto, o tempo para postar aqui ... tudo meu.
Que que é?
Tô pagaaaaaando.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

E agora Barack Obama?

E agora José?

E agora Barack Obama?
Ser eleito presidente dos Estados Unidos foi uma luta e tanto. Disputa? força?barreira?preconceito?desafio?
E agora Barack Obama?
Todos acreditam numa suposta conscientização democrática dos cidadãos americanos ao elegerem pela primeira vez um negro como presidente do país. Mas isso é a verdadeira democracia? um sonho realizado? um novo Estados Unidos? de quem é realmente a vitória?Especialmente sua Obama?
Dos Estados unidos?
Dos negros?
Da sua mulher?
Do mundo?
Ainda não se pode afirmar a vitória. O que acontece nesse momento é o ínicio de uma nova luta!Como será daqui pra frente Sr. Presidente?
E agora Obama?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O que você deseja quando você for mais alto?

O que você deseja quando você for mais alto?

A praça não é nossa

Esse é o tipo de matéria que deveria estar presente diariamente nos diversos jornais que circulam por aí. Apontando o lado social do nosso cotidiano, reportagens como essa reforçam a percepção das pessoas sobre as mudanças que foram acontecendo com o surgimento e avanço dos meios que propiciaram cada vez mais a questão do consumismo. As praças, que fizeram parte da vida de muitos conhecidos nossos ou mesmo da nossa própria infância foram substituídas pelos centros de consumo.
É de se sentir pena, pois, não se sabe mais qual é a verdadeira essência de viver o cotidiano, de viver a vida. Os encontros, as diversões, o bate papo foram embora das praças... passaram a acontecer nos bares, nas boates e no gastar compulsivamente.
Essas mudanças de hábitos em meu próprio entendimento são nada mais que consequências das evoluções tecnológicas e do surgimento de um novo comportamento humano e social, voltado diretamente para o consumo. Consumir para viver. Consumir para se divertir e ser feliz. A lógica é essa.
Sendo assim, concordo plenamente...
Hoje, a praça já não é nóssa!

´´A praça não é nossa`` foi publicada no jornal O Diário do dia 04 de novembro. Matéria de Luiz de Carvalho.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lição de aula.

Negros, índios, portugueses, espanhóis, italianos, polacos, árabes, japoneses, chineses, argentinos, bolivianos, paraguaios.

´´Somos uma nação mestiça``
Che Guevara
Após assistir a aula de hoje -Teoria da Comunicação - com minha querida professora Ju Fontanella, fiquei ainda mais assustado e com um pouco de raiva em saber o quanto nós, brasileiros, somos influênciados pela cultura norte-americana. Parece fácil entender, mas não é.
É vergonhoso, triste e assustador.
Quando percebo que aprender falar inglês é uma questão de ´´pagamento`` ao que os Estados Unidos fez pelo Brasil, isso me deixa com o nervo em chamas. Primeiro, porque os americanos não fazem nada por nós ... há não ser querer o que é nosso. Segundo, porque talvez mandem em nós e no mundo todo. ( e mandam ? )
Assim como a professora e jornalista explicou durante a aula - destacando algumas idéias de José Marques de Mello - somos, realmente, uma mistura. Mistura que não é perceptível por cada um de nós. Afinal, somos influênciados pela cultura dominante, pelo modelo dominante, pelo comportamento dominante. Nesse caso ... os negros não significam necessariamente nada, os índios ... idem!
A única coisa que significa nesse meio todo é saber falar inglês, porque com o inglês você consegue emprego, você ouve músicas americanas e não precisa acessar o vagalume para saber a tradução. Porque com o inglês você se assemelha ainda mais a eles ... e enquanto eu fico mais semelhante a eles, eu perco a minha origem!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Aviso

Não é fácil trabalhar, estudar e sustentar um blog com postagem diariamente. Espero que compreendam a falta e demora de novas postangens durante a semana. Obrigado!