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- Particularmente, fazer postagem em blog é algo sério e interessante para o meu aprendizado. Por mais que o texto seja meramente um ''bom dia'' ou ''faz calor lá fora'', quero dizer que tudo têm um valor. É aqui que aprendo, erro e acerto. Gosto muito do meu blog, das postagens feitas desde o início e espero que você, leitor, encontre alguma coisa útil que lhe faça comentar ou criticar. Críticas (positivas ou negativas) são sempre aceitas e compreendidas. Pois, diga-se de passagem, é sempre bom ter um espaço pessoal e, supostamente, democrático.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Uma ''rápida'' comportamental

Legislação em ética e Jornalismo 

 Estudo comparativo dos manuais de redação: Folha de S.Paulo e jornal O Globo 

 Ao analisar os manuais de redação de ambos os jornais (Folha de S.Paulo e O Globo) encontrei algumas respostas de forma bem clara. Portanto, com outras tive algumas dificuldades: alguns manuais não falam sobre determinado assunto e/ou quando falam é preciso usar a interpretação sobre a opinião deles. Dessa forma, procurei responder numa mistura de visão entre o próprio manual e aquilo que entendi sobre eles. 

 - Segue um trecho do trabalho 

 Verbetes ou temas para análise: 

 1) Anonimato da fonte, off e sigilo:

 A Folha de S.Paulo fala em seu manual sobre informação sigilosa. Quanto ao off, ficou a desejar. O interessante é que o jornal defende a informação que interessa ao leitor. Ou seja, o dever de sigilo é responsabilidade do proprietário da informação.  Já o jornal O Globo, é claramente defensor da ética enquanto dever de proteção de informação a quem prometeu direito de anonimato. O jornal só dispensa a possibilidade de manter um personagem anônimo quando este fornece informação incorreta e falsa.   

 2) Questões éticas: 

 A ética encontrada no manual da Folha de S.Paulo diz, basicamente, alguns princípios daqueles encontrados no código de ética do jornalismo. O jornal deixa claro a preocupação com o uso do nome e da profissão para se dar bem em questões particulares. Nesse caso, a necessidade em seguir princípios éticos é um dos objetivos do jornal.

Quanto ao jornal O Globo, é perceptível a cobrança sobre uma avaliação das informações antes de publicá-las. Como o próprio manual apresenta: as exigências éticas não prejudicam a prática do jornalismo, ao contrário, elevam a qualidade da informação. 
O que se percebe, é que o jornal não se preocupa com a quantidade de informação e sim com a informação necessária e correta. Entretanto, se o próprio jornal não segue o que está no manual já é uma opinião de cada leitor, de cada jornalista.  

Outro ponto importante de destaque no manual é a intolerância da influência política, ideológica e pessoal. O Globo acredita e defende em seu manual a possibilidade e o dever de seus jornalistas buscarem a participação isenta daquilo que pode influenciar o trabalho de cada um. Apesar dê serem questões que envolvam outros vários aspectos, esses são alguns básicos conceitos éticos do jornal. 

 3) Preconceitos: 

Folha de S.Paulo fala sobre a utilização de termos que denotam preconceito. A forma, talvez, de expressar deve ser um cuidado e tanto ao escrever uma matéria que discuta o preconceito e a discriminação. Utilizar termos como O Presidente Negro ou o ativista Gay só mesmo quando torna a matéria mais relevante.  
Não saindo muito da visão da Folha, o jornal O Globo também aborda o preconceito enquanto relevância para uma matéria. Ou seja, o mesmo procura não acolher manifestações preconceituosas, mas registrar em forma de denúncia. 

4) Informação não confirmada:

Informação não confirmada foi complicado encontrar no manual de Folha. Apenas o jornal O Globo apresentou alguma coisa sobre o tema. Este prefere a não publicação de informações não confirmada. Desde que a falsa informação seja necessariamente alguma forma de denúncia. 

 5) Direito de resposta:

A folha não diz nada abertamente sobre tal direito de resposta, pelo menos no manual em que pesquisei. Já o jornal o Globo faz referências básicas e necessárias a todos os jornais. 
Como por exemplo, o cuidado que se deve ter ao publicar uma matéria, analisando as fontes, pesquisando sobre o que é verdade ou não. Algo do tipo, que possa influenciar na relação entre entrevistado, reportagem e leitor. 
Dessa forma, se houver algum tipo de erro da parte do entrevistado ou do jornalista, é preciso fazer acontecer o direito de resposta. Essa tarefa, portanto, o próprio jornal deve procurar a melhor forma de se esclarecer aos seus leitores. 

6) Censura:

Ao ler o manual de redação da pra se entender que nesse tipo de situação a Folha de S.Paulo apenas bloqueia ou censura quando o assunto a ser publicado coloca em risco a segurança pública de pessoas ou empresas.  
O jornal O Globo não dispõem abertamente desse tipo de assunto em seu manual, mas afirma que a censura ocorre quando não se publica assuntos que vão além daqueles que preocupam a condição ética do jornal. 

7) Engajamento político:

Falar do engajamento político é voltar às questões éticas discutidas acima. Sendo assim, a Folha de S.Paulo deixa claro a preferência do profissional pela imparcialidade político-ideológica. 
É claro que o jornalista não consegue ser totalmente imparcial e não ter uma ideologia e preferência. Entretanto, o mesmo deve buscar pela suposta imparcialidade, não deixando que suas preferências – principalmente políticas - influenciem diretamente em seu trabalho. 
Para a Folha, esse tipo de influência reflete no trabalho do profissional, fazendo com que perca suas principais características, como por exemplo: o senso crítico. 

8) Objetividade:

A folha de S.Paulo declara não existir a objetividade. Da mesma forma que o jornalista deve buscar tal imparcialidade, o profissional está sujeito ao contexto e a sua própria formação. 
As idéias, as preferências e o contexto em que vive o jornalista contribuem para que o mesmo produza a reportagem de uma única forma: sua forma própria e única de ver o mundo. Devido a isso, o jornalista nunca conseguirá ser totalmente objetivo, começando pelas palavras que usa ou omite. 
- Pesquisando o manual de O Globo não encontrei referências sobre o assunto. 

9) Opinião: 

Ter acesso aos manuais de redação desses jornais foi uma experiência questionável. Compreender a forma como cada um deles procura trabalhar, se relacionar com o leitor e publicar suas inúmeras reportagens, nos faz pensar em diversos conceitos éticos jornalísticos. 
É interessante perceber que seus manuais não fogem da realidade ética jornalística. Os objetivos e métodos de trabalho de cada jornal estão sempre voltados ao código de ética e, por isso, nos impulsiona ainda mais a questioná-los sobre a realidade dos mesmos. 
Afinal, ao mesmo tempo em que um veículo defende a busca pela imparcialidade, sabemos que ele mesmo se mostra abertamente sujeito e partidário a algum partido político. Entretanto, ao ler um manual ou outro chega a ser irônico e equívoco. 
Talvez, o essencial nesse trabalho não foi descobrir como os manuais tratam os diversificados assuntos, mas analisar uma grande diferença existente entre o manual teórico e a prática na realidade. 

Um comentário:

  1. Parabens pelo trabalho !!!
    Um toque pessoal e direto,nas questoes abordadas...

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