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- Particularmente, fazer postagem em blog é algo sério e interessante para o meu aprendizado. Por mais que o texto seja meramente um ''bom dia'' ou ''faz calor lá fora'', quero dizer que tudo têm um valor. É aqui que aprendo, erro e acerto. Gosto muito do meu blog, das postagens feitas desde o início e espero que você, leitor, encontre alguma coisa útil que lhe faça comentar ou criticar. Críticas (positivas ou negativas) são sempre aceitas e compreendidas. Pois, diga-se de passagem, é sempre bom ter um espaço pessoal e, supostamente, democrático.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Viva la Vida

Ter nascido japônes é o que ele queria. Ser do Japão era, para ele, ser inteligente. Se fosse pra dominar o mundo ... deveria ter nascido americano, pelo menos era o que pensava. Nenhum, nem outro. Nasceu brasileiro. Já que nasceu no país do carnaval e das bundas de fora, o único jeito era ralar pra crescer ... ou se enfiar no sistema.
Queria dinheiro. Muito dinheiro. A idéia, segundo ele, era se meter na política, porque nela poderia roubar em grande quantidade sem ninguém sentir falta, sem ouvir questionamento. Mas se entrar pra roubar teria que comprovar algumas exigências... que então tomasse outro rumo. Melhor seria estudar francês, alemão, inglês ... e sair do país, aqui já estava perdido. Nem o pai, nem a mãe bancou o curso de idiomas.
Achava o colégio o pior dos piores. A faculdade particular não prestava e a estadual ou federal era muito difícil para entrar, tinha que estudar muito.
Quem sabe fazer teatro, ser ator, fazer cinema e se tornar o novo galã da globo. Só estudaria tetaro se fosse no Rio de Janeiro ... e o Rio era longe demais. Longe da família, dos amigos, das paqueras.
Os 20 anos chegaram, o tempo havia passado e ... viva la vida. Não tinha conhecimento dos melhores, não cursava nada e não se imaginava numa faculdade próxima dele. Queria mesmo o exterior.
A mente era vazia, mas a vida era cheia. Cheia de dinheiro, dos melhores tênis, das melhores roupas e todo final de semana a balada e o carro do paizão era garantido. Garantia para ele só faltava a do futuro, afinal, o que interessava era o agora, o presente e nada mais.
O tempo mais uma vez passou. Depois de tanta insistência dos pais foi pra faculdade. Forçado, impulsionado(?) ... mas foi. Poderia ser uma imensa oportunidade, grande oportunidade de vida e crescimento. A questão é que tudo deu errado.
Os bares no caminho da faculdade eram mais interessantes, os shoppings ainda eram mais legais e divertidos. Abrir mão do final de semana e da balada para estudar? Ninguém estava ficando louco, muito menos ele. Saiu do curso porque a falta de nota e de presença complicava sua situação enquanto aluno e com os próprio professores.
Tempo depois - pouco mais tarde - perde os pais em acidente de carro. 26 anos já havia completado. Sem formação, sem faculdade, sem os pais e sem o carro que no acidente transformou-se em pó. Estava sozinho. Quem poderia ajudá-lo já havia partido.
A consciência pesou. A briga com o tempo lhe rendia guerras e intensos conflitos. Qual seria, naquele momento, a melhor solução para o rapaz?
A melhor solução - segundo ele - seria ...

Um comentário:

  1. É Saullo Muitas vezes quando lemos certas histórias parece q esta muito longe da nossa realidade mais quantas vezes nós não damos valor ao que nossos pais nos dão de melhor...
    Mas eu quero saber a continuação....

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