Final de semana 2, com ''Fidel Castro''

''Assistir um documentário que aborda um tema de interesse bastante particular, é sempre uma satisfação enorme. Principalmente quando se vê num dia de folga em que faça frio dentro e fora do apartamento. Por mais que eu tenha alguns contatos que gostam e defendem o assunto que vou escrever aqui, não é isso que me impulsiona a falar de ''Memórias Cubanas''. O que me impulsiona mesmo é a liberdade de escrever para qualquer pessoa sobre um assunto que, na maioria das vezes, aparece distorcido nos diversos meios de comunicação. Prepotência ou não, este também é um meio de comunicação''. 

 

''Memórias Cubanas'' como disse é um documentário fascinante. Não considero inovador pelo tema, pois vários meios de comunicação e informação nos apresentam, quase que diariamente, especialidades sobre o assunto. Inovador, talvez, por discutir de forma diferenciada ao que estamos acostumados ler, ver e ouvir.

Devido ao título, já da pra fazer idéia do que se trata a produção. Dividido em seis partes, o documentário apresenta Cuba numa versão mais atraente, realista e sincera. Em entrevistas exclusivas com Fidel Castro, o jornalista italiano Gianni Minà nos mostra um homem não só político e socialista, mas divertido, a favor da união familiar e que ainda hoje mantém suas idéias de acordo com suas crenças e esperanças. 

 No decorrer da filmagem, vários assuntos são focados e discutidos ''cara a cara'' entre Fidel e Gianni Minà. Da Revolução Cubana (1956-1959) à educação disponível ao povo cubano. Entretanto, considero relevante falar de assuntos e bate-papo mostrados entre eles, exclusivamente as declarações que o próprio Fidel Castro discursa sobre o ''império americano''. 

 Primeiramente, para ele, foi através e pós a Revolução Cubana que se pode erradicar o analfabetismo da nação, que se contribui para uma melhor educação da população, sem falar é claro, no aperfeiçoamento da medicina, da igualdade econômica e social. Com seu modelo específico de desenvolvimento, Cuba - segundo Castro - abandona os problemas que ainda hoje são enfrentados pela América latina. 

 Para o ''líder'' do país ''Todos os governos dos Estados Unidos fizeram campanha para difamar Cuba, mas a nenhum deles ocorreu a idéia de acusar Cuba de violação aos direitos humanos. Os Estados Unidos pregam contra o terrorismo, mas se contradizem ao favorecerem o terrorismo em Cuba''. 

 Entre as posições expressadas sobre os governos americanos, Fidel Castro também afirma que estes ''sempre tentaram criar uma imagem desfavorável da revolução Cubana. Procuravam desfavorecer as idéias porque sabem que essas mesmas idéias poderiam se manifestar na América Latina''. 

 Os Estados Unidos ''trabalharam e conseguiram arrastar os países da América Latina para sua política de embargo e isolamento. Tudo isso acompanhado por uma campanha publicitária contra a Revolução Cubana''. 

 Para adiantar, o documentário em nenhum momento busca e torce pelo favoritismo do socialismo e seus seguidores. Apenas mostra o outro lado ocultado pela maior parte da nossa mídia. Um documentário relevante para nosso conhecimento sobre Cuba, para o questionamento de opiniões e idéias. Isso é ''Memórias Cubanas''.

 

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